quinta-feira, 29 de março de 2012

Inferno Astral

Estava tudo estranhamente tranquilo.
Eu havia tomado decisões sólidas, firmes, nada poderia mudar.
Isso não soaria estranho se o meu 27º aniversário estivesse tão presente, pois neste caso já estaria em companhia do meu velho e devastador inferno
astral.
Quando menos esperei ele chegou, empurrando a porta, arrazador
(dor)... A firmesa e segurança de outrora foi descendo ladeira abixo
como se estivesse num carrinho de rolimã. Me deixando confuso e um
tanto amedrontado.
Nervoso, impaciente: preciso de carinho, colo mesmo...carência! A
vontade é sair correndo e pular no mar (nenhuma alusão ao suicídio
tá!), nas águas salgadas relacho, reflito, choro se for o caso.
Embaixo d'água me renovo sob a chuva também, mais a chuva de pingos
fortes que doem ao tocar a pele, escorrendo no rosto disfarçando as
lágrimas a um possível curioso.
Ou se nada disso for possível, um beijo seu já seria suficiente.
Marcus Sousant

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