sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

SÓ me Vê


Só numa multidão de amores
Dando nós em laços, sem temores.
Em vezes cheio de dores
No entanto simplesmente só

Amor sempre pleno,
Um louco amante pacionado
Incondicionalmente racionado
Mesmo solitário no quintal

Mesmo que andando só
Preso a este amor certeiro
Transformado e renovado
Nas então, repetidas estações.

Reencontrado quando não há espaço
Nestes deslumbrantes de amor revelado
Rotineiro transloucado (oh iludido seu palhaço!).
Me mantenha sempre apaixonado

E se me vê: arisco, cansado, tarado ou amado.
Se me vê: parado, transtornado, sorrindo ou mesmo calado.
Então só me ver.


Marcus Sousant

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Presente do passado!

Fui pego de surpresa

Ainda ontem achei que nada mudaria

O passado é estranho

Ele repreende o presente,

Ele não alisa naõ nos permite sonhar.


Esse presente que não me deu

Mais que o passado vem diz

O presente não é seu

E sim de um outro

Seja esse ao longe mais que ja esta no lugar.


Calei me!

Calei para não mais chorar...


Marcus Sousant

Shakira - Sale El Sol (É o clipe mesmo!)

Sai o sol Shakira Revisar tradução CancelarSalvar Estas semanas sem te ver Me pareceram anos Desejei tanto te beijar Que me doem os lábios Veja, o que o medo nos fez cometer burrices Nos deixou surdos e cegos Tantas vezes E um dia depois da tempestade Quando menos pensar, sai o sol De tanto somar, perde a conta Porque um e um nem sempre são dois Quando menos pensar, sai o sol Chorei até o extremo Do que era possível Quando acreditei que eu era invencível Não há mal que dure cem anos Nem corpo que o aguente E o melhor sempre espera adiante E um dia depois da tempestade Quando menos pensar, sai o sol De tanto somar, perdes a conta Porque um e um não são sempre dois Quando menos pensar, sai o sol.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

'BURLESQUE' apresenta ideia do cabaré para a nova geração

O Portal Terra, em sua porção Cinema, lançou uma ótima critica sobre o filme Burlesque. Confira: O musical pastelão Burlesque faz uma ode aos anos 20 e cumpre a missão de apresentar essa magia dourada à geração que conhece Christina Aguilera como cantora ou integrante do Clube do Mickey, programa de TV que a revelou (assim como Britney Spears, Justin Timberlake e Keri Russell, de Felicity) na década passada. Infelizmente, sob o holofote da loira, a eterna musa Cher fica em segundo plano. Apesar de o filme ter levado um Globo de Ouro com Melhor Canção Original (concorria em três categorias, incluindo Melhor Filme na categoria Comédia), foi solenemente ignorado pelo Oscar. A história é batida: a garota de interior, Ali (Christina Aguilera) segue em busca do sonho de ser cantora e dançarina em Los Angeles. Sem família, ela abandona seu emprego de garçonete em Iowa e busca um novo na cidade grande, quando conhece Jack (Cam Gigandet, da saga Crepúsculo - Lua Nova). Ele é um compositor sem sucesso, que trabalha de atendente no Burlesque Lounge, um bar estilo cabaré, à beira da falência, cujas dançarinas dublam sucessos da era do rádio. A proprietária Tess (Cher) é durona e é a pessoa que define o elenco a se apresentar em seu bar, ao lado do fiel escudeiro Sean (Stanley Tucci, de O Diabo Veste Prada), cujo humor gay-ácido arranca boas gargalhadas ao longo da trama. Christina consegue um emprego no bar, mas de garçonete. Tempo depois, em uma audição forçada, consegue provar que sabe todas as coreografias embaladas pelas outras meninas e passa a integrar o elenco principal. Pela boa atuação, por vezes, a gente esquece que é a estreia da loira nas telonas - apesar de estar mais à vontade nas performances musicais. O estranho só é a personagem ingênua - para não dizer insossa - esbanjando carisma e sensualidade. Então associamos o sex appeal de Christina como melindrosa aos clipes de Lady Marmalade e Hurt. Dona de um corpo exuberante - nada igual àquele rechonchudo exibido na São Paulo Fashion Week, em recente passagem pelo Brasil -, aparece coberto de diamantes, lingerie, ora sem nada, ora recheado de plumas, paetês ou pérolas. Colecionador de comédias adolescentes no currículo como produtor, o diretor Steve Austin - também roteirista do filme - deve ter preparado a receita burlesca em um liquidificador com cenas já vistas no cinema recente: Letra e Música, Showbar, e até mesmo Crossroads e Amigas Para Sempre, mas o ingrediente especial é a pitada de contemporaneidade que ele dá em musicais como Chicago, Mouling Rouge e Nine, apesar de todo o glamour anos 20 que permeia cada cena. As coreografias são robustas, completam toda a tela, têm menos espírito lúdico e as dançarinas têm mais caras de pessoas do cotidiano, menos bonequinha de luxo do que os clássicos da Broadway. É inegável o talento e a coesão na escolha de cada intervenção cênica como musical, que Christina assina como produtora executiva. As danças são extremamente elaboradas, assim como todo o visual que as acompanha, iluminação e cenografia - desde o pole dance às escadarias e luminosos em neon. A nova diva está em praticamente todas de espartilho ou pouca roupa, ao contrário de Cher que faz apenas duas apresentações solo, com destaque para You Haven't Seen the Last of Me, uma balada que faz jus à sua carreira: com um vocal estridente, sua performance é meio nebulosa, digna daquele refrão que cantou em tempos passados: "é possível acreditar na vida após o amor?". A trilha-sonora, apesar de não estar no CD, é composta por faixas que vão desde a rainha pop Madonna (Ray Of Light) até a nova sensação americana Neon Trees (com o hit Animal). A fotografia é impecável, assim como os cortes de uma cena para outra. São rápidos como os diálogos, que só ficam mais densos em momentos-chave do filme. O que te faz prestar mais atenção à mensagem. Os elementos que dão o desfecho são jogados em cenas aleatórias, por isso é preciso atenção. Burlesque deve atrair os fãs de Aguilera como cantora. E se passarem por cima do preconceito, os fanáticos por musicais. Porque, com enredo adolescente ou não, é essa a alcunha do longa.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Aguilera e a arte de administrar a própria carreira

Aguilera e a arte de administrar a própria carreira




Cantora sabe se reinventar na música, no cinema e também no mundo da moda

Christina Aguilera está no Brasil para lançar, nesta segunda-feira, uma linha de roupas na São Paulo Fashion Week. Se o foco profissional da cantora se limitasse aos discos e shows, até soaria estranho. Mas não é o caso. Oriunda de um grupo de artistas infantis revelados pelo canal Disney nos anos 90 - como Britney Spears, Keri Russel e Justin Timberlake - ela soma em doze anos de carreira mais de 50 milhões de álbuns vendidos no mundo todo. Isso se deve, além do corpo curvilíneo, das canções grudentas e da boa voz, a um faro comercial impecável e ao total controle da carreira, que com isso se desdobra em áreas como cinema e moda.

Sem o talento de Timberlake - exímio dançarino e ótimo intérprete - ou a vocação para escândalos de Britney Spears - antes de se internar em uma clínica de reabilitação, em 2007 - Christina trabalhou duro farejando as melhores parcerias. E, desde o começo dos anos 2000, já deu algumas guinadas essenciais para a sua sobrevivência artística. Já gravou músicas em espanhol de olho no mercado latino dos EUA, virou "funkeira" com o disco Stripped (2002), protagonizou um beijaço com Madonna e Britney Spears Like a Virgin ao vivo, reabilitou-se como intérprete acompanhada pelo respeitado jazzista Herbie Hancock e aproximou-se do panteão do pop cantando com os Rolling Stones num show dirigido por Martin Scorcese. Por fim, arriscou-se no cinema dividindo com a também cantora Cher o filme Burlesque, indicado ao Globo de Ouro 2011. depois de cantarem

Publicidade - Christina, que já festejou ter nove piercings espalhados pelo corpo - segundo ela, um deles muito elogiado por seu ginecologista e por sua depiladora -, estrelou em seguida a campanha de uma respeitada marca de roupas italiana. Desagradou pais aflitos, atiçou a curiosidade de garotos com hormônios transbordantes, cravou a imagem de mulher refinada logo depois. Em nenhuma das manobras perdeu o controle da situação.

Para efeito de comparação, embora a segunda não conte com uma grife de roupas nas gôndolas de lojas de departamento (ainda bem), é possível traçar um paralelo entre ela e a brasileira Marisa Monte. As duas fazem parte de um grupo pequeno de artistas que peitam as gravadoras, acompanham a distribuição dos seus discos, a montagem de turnês e são rigorosos na venda da própria imagem.

Pode-se até criticar como cafona a linha de roupas assinada por ela, como ousou Britney em 2003 após uma discussão entre as duas em um clube de Nova York. O que não dá mesmo é para negar que Christina é uma boa comerciante de si mesma.