Olá, tudo bom!
Eu tento e tento muito, mais se vou
conseguir será sempre uma incógnita. São tantos os motivos, diferentes
temperaturas, loucuras que mudam de estação para estação.
Olhos banhados por lágrimas estão ainda
menores. São minhas janelas para algum lugar, lugar este que tenta acolher e
cuidar quem por eles é refletido. Tenho sorriso fácil e tensão camuflada às
vezes. Sou um tanto doce e raramente amargo, se amargo fico é difícil adoçar.
Quando criança sorria gratuitamente
(gosto muito de sorrir, me sentir leve e bem divertido) e de tanto sorrir, me
entregar virei o bom moço (bobo, otário para alguns) mais sou mesmo bobo e
adoro isso!
Já na adolescência amargurei, experimentei
a tristeza profunda pela 1ª vez durante a festa de 450 snos de Salvador, enquanto
minha cidade comemorava eu chorava nas vésperas dos meus quatorze.
De lá ate os vinte o sorriso fácil
havia desaparecido, estava amargo e há quatro anos numa terça de carnaval a mesma
tristeza reapareceu ainda mais arrasadora.
Estava um pouco mais preparado, não
para a perda e sim para não me perder. Talvez entender ser possível seguir
e quem sabe ser ‘brilhante’ como minhas perdas me inspiram ser.
Tive muito medo do erro, medo de não
ser o que esperavam, de ser a aposta errada!
Quando artista me percebi, voltei às
cores, aceitei sorrir e me iluminei. Hoje me entendo mais, mesmo sabendo faltar
tanto para me conhecer. Maquiagem mascara trajes isso não me completa, não
dizem nada sobre mim.
Sigo sem medo de errar, cair, chorar e
como sou chorão. Sigo de cabeça erguida errando para acertar!
Hoje assim como ontem e o amanhã
continuo a agradecer. São tantas estações, me redescubro muitas e muitas vezes.
É bom ter com quem partilhar estórias. Entre as estações chego ao meu
querido outono. E este com sabor especial, estou apaixonado e sem medo algum de
amar, o amor me move.
Sou grato e protegido por Deus,
Nossa Senhora, a natureza me abriga e a protejo como poço. Homem um tanto
menino, acredito em Anjos. Busco ser simples em toda minha complexidade, sou
feliz por minhas raízes e toda referencia.
.
Tenho sempre muito a agradecer.
Aos que seguem ao meu lado, aos que
passaram mais me completaram de alguma forma e claro aos que não contribuíram
em nada também.
Tenho fogo e pimenta nas veias,
flecha e flores nas palavras, escudo/espelho e água doce ou salgado em meus
olhos. Sigo na tentativa de ser apenas eu em mais um acolhedor outono.
M. Sousant