terça-feira, 16 de novembro de 2010

Eu ando pelas ruas até que eu fique perdido
Como um cemitério escuro carregando uma cruz
Eu gosto de estudar rostos num estacionamento
Eu gosto de mariposas-ciganas e de conversas de rádio
Eu gosto de usar roupas coloridas no sol
Eu gosto de colocar minha voz e quebrar guitarras
Eu gosto de brincar na areia, o que é meu é nosso

Se isso não me fizer lembrar de nada.

As coisas que eu amei, as coisas que eu perdi
As coisas que eram sagradas para mim e que eu abandonei
Eu não mentirei nunca mais, você pode apostar
Eu não quero aprender o que eu precisarei esquecer


Dobre-me e dê-me forma
Eu amo o seu jeito
Devagar e docemente
Como nunca antes
Calmo e dormindo
Nós não provocaremos o passado
Tão discretamente
Nós não olharemos para trás

Porque isso não me faz lembrar de nada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário